Uma
possível ameaça de chacina que estaria sendo planejada em Nova Era, na
Região Central de Minas, levou a Polícia Civil a instaurar inquérito e
investigar um menor de 17 anos, morador da cidade. A apuração do caso
começou por causa de um alerta da Organização Internacional de Polícia
Criminal (Interpol), que entrou em contato com a corporação mineira na
quarta-feira, dia 31 de julho.
De acordo com a Polícia Civil
mineira, a mensagem internacional dizia que o menino faria parte de uma
rede de Web suspeita, mas ainda não é possível dizer se ela se tratava
de um site terrorista. A assessoria não divulgou o teor do documento,
mas informou que o suspeito citava os massacres em Suzano e Columbine.
Apreensão e perícia
Segundo
a instituição, ainda não é possível dizer se o adolescente realmente
planejava uma chacina. Para saber o que de fato ocorreu, dois
computadores recolhidos pela polícia na casa do jovem na última
quinta-feira (1), por meio de um mandado de busca e apreensão, passarão
por uma perícia em Belo Horizonte.
Ao fazer as buscas, a Polícia
Civil não encontrou nenhuma arma. O adolescente permanece com os pais,
que devem ser ouvidos pela Promotoria de Justiça na próxima semana.
Nos
dois casos que teriam sido citados pelo rapaz, segundo o alerta da
Interpol, jovens abriram fogo contra escolas e deixaram vários
estudantes mortos.
A escola Novaerense emitiu uma nota em seu
site oficial em que informa que no dia 1] de agostorecebeu um comunicado
do setor de inteligência da Polícia Civil de Minas gerais alertando
para planos de um ex-aluno para um atentado criminoso contra a
instituição.
“As autoridades engajadas no caso (Polícia Federal,
Civil e Militar) estão completamente envolvidas para oferecer total
segurança à Escola Novaerense e aos seus alunos. A escola está atenta e
tomando todas as medidas necessárias para preservar a integridade e a
segurança dos alunos, equipe pedagógica e colaboradores. O planejamento
inclui o aumento do aparato de segurança nas duas unidades da escola e
reforço na portaria, dificultando o acesso ao interior dos prédios”,
informa a nota da instituição de ensino.
No documento, o colégio
informa ainda que está recebendoorientações para identificar e relatar
atitudes suspeitas para as autoridades de segurança públicas. Os alunos
que utilizam os de São Domingos do Prata continuarão a ser acompanhados
no trajeto para a escola.
“Até a data de hoje a instituição não
teve acesso ao inquérito ou depoimentos sobre o fato. As informações
citadas aqui (nota) foram baseadas em declarações dos policiais
envolvidos na operação. Por fi, a Escola Novaerense repudia todo e
qualquer ato de violência física, psicológica e emocional contra quem
quer que seja”.
Em Suzano,na Grande São Paulo, os alvos foram
alunos da escola Professor Raul Brasil, em 13 de março deste ano. O
ataque foi promovido por dois ex-alunos que, antes de tirar a própria
vida, mataram cinco estudantes, a coordenadora pedagógica e a inspetora
da instituição, além do tio de um dos autores do crime.
A
estratégia usada foi a mesma e teve várias semelhanças com o atentado
cometido na Columbine High Scool no Colorado, Estados Unidos, em 1999.
Este massacre deixou 13 mortos e 24 feridos.
Estado de Minas